O SANTO DE ONTEM E DE HOJE
SÃO MAXIMILIANO KOLBE
São Maximiliano
O santo de ontem e de hoje.
Os mártires são para o cristianismo as testemunhas fiéis de Jesus Cristo á tal ponto de derramarem seu próprio sangue, doar sua vida, proclamando assim sua fidelidade à pessoa de Jesus Cristo Homem-Deus!
Tal ato não esconde a negação da vida, mas sim, a adesão maior, o doar-se para que com sua vida outras pessoas tenham mais vida! Assim bem fez nosso irmão menor São Maximiliano que em nome da fé, desprendido de tudo e de todos, testemunhou luz de Deus em terras sombrias. Assim bem fez São Paulo, e muitos outros cristãos, quando ainda a Igreja primitiva dava seus primeiros.
No campo de concentração, no deserto, no abandono, na solidão sombria da noite e do dia. Em meio do mundo deserto e ao mesmo tempo lotado, cheio de vida, porém isolado e sem Deus, Maximiliano faz o caminho inverso protagoniza cenas dignas de um verdadeiro cristão. De um verdadeiro Cavaleiro. Na escuridão e no abismo insondável do homem, Maximiliano é capaz de fazer germinar e crescer vida nova, em si reavivando cada vez mais, e naqueles companheiros de cela, e não a eles e neles, como também em muitos outros que com seu exemplo de vida, garra e coragem encorajou os demais. Mesmo sem dizer uma palavra só. O martírio de são Maximiliano se assemelha à morte de Cristo. Sua morte e confirmação de tudo aquilo que se viveu. Nosso senhor sofreu no horto das oliveiras porque sabe que em virtude de sua vida, seu destino não poderia ser diferente. Jesus a assina com seu próprio sangue tudo que ensinou, proclamou e viveu em nome de Deus.

Maximiliano da sua vida por um pai de família, este gesto alimentou de esperança outros homens. Nove condenados a morrer com ele, sua missão não terminavam ali. Ela se prolongara por mais duas semanas, meses, anos, décadas… Ele que perseverou na oração, no jejum, na penitência com seus companheiros de cela. Até a morte, sendo ele o último a morrer. Sua morte gerou vida naquele campo de concentração, lançado naquele lugar de morte, uma semente de vida.
São Maximiliano sonhava alto, queria muito, muito para e por amor ao reino. Em um dos seus escritos ele nos diz: Penso que em todas as nações deveriam surgir uma NIEPOKALANÓW, onde e pela qual a Imaculada pudesse operar com todos os meios possíveis, inclusive os mais modernos. As invenções onde deviam ser servida primeira a Ela, e depois ao comercio, indústria, etc. As transmissões de rádio, TV, em filmeis, e, em geral tudo e em qualquer tempo, se possa ainda descobrir para iluminar as mentes e inflamar os corações… “Eu estou convencido de que, a par do “cavaleiro da imaculada” para todos e de o “pequeno cavaleiro” para as crianças, … Como outras publicações periódicas- diárias, semanas, mensais, trimestrais, e publicações não periódicas como livros, tratados de algumas questões de modo mais aprofundado. Além disso, de acordo com as necessidades, pode-si-ão imprimir também suplementos, ou condições especiais para regiões particulares de uma nação. (esc. de São Max. 382).
Tudo isto constitui um verdadeiro apostolado da palavra escrita, adequado aos diversos estados, categorias e condições sociais. A característica que deve impregnar tudo é “por meio da Imaculada”, enquanto a meta é a conquista do mundo e de cada alma em particular para Ela, e por Ela, para Cristo. Aqui, nestes últimos capítulos chamo a tensão do leitor para uma realidade constatada que é justamente no que desrespeito a conquista ou simplesmente o desejo deste grande Santo de obter maiores números de almas possíveis para Cristo por meio da Imaculada. E é justamente aqui que abro um parágrafo para comentar e comparar São Maximiliano com São Paulo, este extraordinário Apóstolo. Vejamos caríssimos: O apóstolo das gentes proclama sua fé com sabedoria e sagacidade. Ele que teve sua boa formação: Judaica tradicional, helenística, e, além disso, dominava sabiamente as palestras e encontros com sua ótima retórica. Ele que onde quer que fosse adaptava facilmente as palavras ao público, ao ponto de conquistar muitos por causa do Evangelho de Cristo conforme lemos em Primeiro Coríntios 9,19-23: “Assim, livre em relação a todos, eu me tornei escravo de todos, a fim de ganhar um maior numero possível. Com os fracos, eu me fiz fraco, para ganhar os fracos. Com todos, eu me fiz tudo, para certamente salvar alguns. Por causa do Evangelho eu faço tudo, para ter parte nele”. Em outra passagem: “Anuncia o Evangelho não é para mim motivo de Glória. É antes uma necessidade que si me impõe. Ai de mim se não anunciar O Evangelho.” I cor.9,16.
Creio eu que esse é o sentimento de todos nós cristãos, consagrado ou não Deus. Mais ainda, esta é a razão do Ser religioso, como bem foi são Maximiliano e tantos outros santos e santas que “Com todos, se fez tudo, para anunciar o Evangelho. Esta é a meta, que despertou no coração de são Maximiliano este ardente cavaleiro da Imaculada, que quis em sua vida através da imprensa e os mais modernos e sofisticados meios de comunicação para conquistar o mundo inteiro para Cristo anunciando Evangelho pela Imaculada.
Autor: Frei Almir Rodrigues de Siqueira 21/02/2012
Quem foi São Maximiliano?
Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo
Raimundo Kolbe nasceu em 1894, em Zdunska Wola, na Polônia. Por volta dos nove anos, ajoelhado diante do oratório, apareceu-lhe a Virgem Maria, segurando uma coroa branca – representando a pureza – e uma vermelha – simbolizando o martírio – e perguntou-lhe qual preferia; ele, angustiado pela difícil escolha, respondeu: “As duas”.
Aos 13 anos, entrou no seminário dos Frades Menores Conventuais, onde recebeu o nome de Maximiliano Maria. Enviado a Roma para obter doutorado em filosofia e teologia, em 1917, movido por um incondicional amor a Maria Santíssima, fundou o movimento de apostolado mariano “Milícia da Imaculada”. No ano seguinte, 1918, foi designado para lecionar no Seminário Franciscano, em Cracóvia. Mas o amor por Maria e seu apostolado Mariano, começou a evangelizar através da imprensa escrita e através de rádio também. Em 1922, sem recursos financeiros, fundou uma revista mensal intitulada “Cavaleiro da Imaculada”, chegando a incrível marca de 1.000.000 de exemplares. Seguiu-se com outras publicações como revistas para crianças ou para os fieis latino-americanos.
São Maximiliano possuiu um grande carisma de evangelização pela imprensa. Em 1931 no anseio de levar o mundo para Cristo por meio da Imaculada se dirigiu ao Japão, sem conhecer a língua ou mesmo possuir algum recurso extraordinariamente, mais que depressa fundou em Nagasaki a revista “Cavaleiro da Imaculada” que se tornou famoso no meio católico. O sonho de São Maximiliano era de espalhar pelo mundo a devoção a Imaculada. No entanto teve de retornar a Polônia no inicio da Segunda Guerra Mundial. Em setembro de 1939, Frei Maximiliano e cerca de 40 outros frades foram presos e conduzidos para os campos de concentração.
Na celebração da Imaculada Conceição do mesmo ano foram libertos, mas os nazistas tinham uma preferência maior por judeus e padres. A Gestapo (polícia nazista) permitiu uma impressão final do “Cavaleiro da Imaculada”, em dezembro de 1940, para poder incriminá-lo. Durante a Segunda Guerra Mundial deu abrigo a muitos refugiados, incluindo cerca de 2000 judeus Em Maio de 1941, foi levado ao campo de extermínio de Auschwitz. Nestes campos, milhares de pessoas foram exterminados. Quando o chefe militar viu Frei Maximiliano vestido de hábito religioso, ficou furioso. Agarrou o crucifixo do frade e, puxando-o, gritou: “E tu acreditas nisso?” “Creio, sim!” Uma tremenda bofetada seguiu a resposta de Frei Kolbe. Três vezes repetiu-se a pergunta. Três vezes Maximiliano confessou sua fé. Três vezes levou bofetada. Frei Maximiliano demonstrava profunda devoção a Imaculada e em contra ponto aos horrores dos nazistas ele perdoava e aconselhava os prisioneiros a confiar em Maria Santíssima e orar pelos assassinos.
Os judeus tinham o direito de viver duas semanas e os padres um mês. Frei Maximiliano era conhecido pela caridade mesmo nos momentos mais difíceis. Dava seu alimento a quem precisa e era o último a ser atendido pela enfermaria, mesmo tendo tuberculose. Dizia : “O ódio não é a força criativa; a força criativa é o amor”. Um prisioneiro escapou com sucesso da mesma seção onde Frei Maximiliano estava detido. Em represália, o comandante ordenou a morte por inanição de 10 prisioneiros, escolhidos aleatoriamente. O sargento Franciszek Gajowniczek, que fora escolhido para morrer, gritou lamentando que nunca mais veria a esposa e os filhos. Então, saiu da fila o prisioneiro nº 16670, pedindo ao comandante o favor de poder substituir aquele pai de família. O comandante perguntou, aos berros, quem era aquele “louco”, e, ao ouvir ser um padre católico, aceitou o pedido. Os 10 prisioneiros, despidos, foram empurrados numa pequena, úmida e totalmente escura cela dos subterrâneos, para morrer de fome.
Durante 10 dias Frei Maximiliano conduziu os outros prisioneiros com cânticos e orações, e os consolou um a um na hora da morte. Após esses dias, como ainda estava vivo, recebeu uma injeção letal. Era o dia 14 de agosto de 1941. O corpo de Maximiliano Kolbe foi cremado e suas cinzas atiradas ao vento. Numa carta, quase prevendo seu fim, escrevera: “Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento do mundo”. Ao final da Guerra, começou um movimento pela beatificação do Frei Maximiliano Maria Kolbe, que ocorreu em 17 de outubro de 1971, pelo Papa Paulo VI. Em 1982, na presença de Franciszek Gajowniczek, que sobreviveu aos horrores do campo de concentração, São Maximiliano foi canonizado pelo Papa João Paulo II, como mártir da caridade. Por seu intenso apostolado, é considerado o patrono da imprensa.
Alguns dos Escritos de São Maximiliano como algumas de suas cartas seguem disponíveis para leitura.